Pesquisa sobre saúde financeira analisa os efeitos da COVID-19

Segunda edição do estudo elaborado pelas fintechs Zetra e SalaryFits analisa os efeitos da COVID-19 sobre a saúde financeira das pessoas e aponta que benefícios os trabalhadores mais valorizam

 

As condições econômicas dos brasileiros estão cada vez mais apertadas. Seis em cada dez dos trabalhadores brasileiros admitiram não ter dinheiro suficiente para arcar com todas as despesas mensais. A constatação alarmante faz parte da pesquisa bianual “Hábitos e Impactos da Saúde Financeira do Trabalhador”, contratada pela Zetra e a SalaryFits, fintechs que atuam na oferta e gestão de benefícios com desconto em folha. A situação econômica crítica é justificada pelos profissionais como os efeitos da inflação em alta, do constante medo do desemprego e a elevação dos juros.

Em 2019, época da primeira versão do estudo, a busca por renda extra aparecia em apenas 10% das respostas, bem menos da metade do panorama atual. E, como se não bastasse, as dificuldades financeiras e a falta de oportunidades seguem ainda mais intensas para as mulheres. Elas têm tido salários relativamente menores, além de menos acesso às vagas de trabalho e somam 34% dos entrevistados que precisam fazer bicos ou buscar outras fontes de renda por estarem sem dinheiro suficiente para arcar com as contas.

“É importante ressaltar que o número de pessoas que fazem pedidos de ajuda aos amigos e familiares caiu em relação a 2019, de 5% para 3%, o que pode indicar uma piora do quadro econômico não só dos profissionais, mas também de todos na rede de apoio e familiares, forçando as pessoas a encontrarem alternativas. Isso pode significar recurso a trabalhos paralelos, formas abusivas de endividamento ou outras situações extremas que definitivamente colocam em xeque a produtividade do colaborador bem como sua saúde mental”, interpreta Délber Lage, CEO da fintech SalaryFits.

 

Dados gerais

Ao todo, foram ouvidos 800 trabalhadores da iniciativa privada (66% dos entrevistados) e do setor público (34% dos entrevistados) de todas as regiões do país. Dos entrevistados, 54% eram homens. Quando levada em conta a faixa etária, o escopo foi mais amplo do que em 2019, sendo um total de 19 a 30 anos (22%), 31 a 40 anos (35%), 41 a 50 anos (26%), 51 a 60 anos (15%) e acima de 60 anos (3%), das classes A, B e C. A pesquisa foi encomendada e realizada, na primeira semana de setembro, pela Grimpa, consultoria de pesquisa de mercado e consumer insights.

 

Cheque especial

O cheque especial, um dos principais motivadores do endividamento, é o mais utilizado entre quem tem mais dependentes e empréstimos, especialmente para os entrevistados da entre 51 e 60 anos. Os demais afirmaram usar empréstimos bancários (10%) ou pedir ajuda a parentes e amigos (3%).

“É importante ressaltar que o número de pessoas que fazem pedidos de ajuda aos amigos e familiares caiu em relação a 2019, de 5% para 3%, o que pode indicar uma piora do quadro econômico não só dos profissionais, mas também de todos na rede de apoio e familiares, forçando as pessoas a encontrarem alternativas. Isso pode significar recurso a trabalhos paralelos, formas abusivas de endividamento ou outras situações extremas que definitivamente colocam em xeque a produtividade do colaborador bem como sua saúde mental”, interpreta Délber Lage, CEO da fintech SalaryFits.

 

Dívidas e Estresse

Seguindo a linha da avaliação emocional com a realidade de endividamento, um dado curioso foi o de que as pessoas estão menos estressadas em casa e no trabalho do que há dois anos. Em 2019, 74% dos entrevistados destacavam o estresse, enquanto agora temos uma média menor, de 53%.

Há também relatos cada vez mais frequentes sobre insônia, um crescimento de 34% para 38% em 2021 e aumentos relevantes também em ganho de peso (de 12% para 20%) além de relatos sobre dores (de 6% para 13% neste ano). “As pessoas confirmaram que a adoção do modelo de home office, ou o trabalho híbrido, foi o aspecto mais positivo trazido pela pandemia (37%), ficando acima do crescimento da produtividade (13%), aumento salarial (13%) e qualidade de vida (10%).

Assim, sob a perspectiva da qualidade de vida, os benefícios relativos à saúde são os mais importantes para 8 em cada 10 entrevistados. Consignado e acesso a crédito têm cerca de 30% de menções. “Cabe aos executivos, gestores e administradores refletirem sobre as melhores condições e o ambiente para proporcionar evolução não só da perspectiva da produtividade, mas também compreender o contexto humano que estamos inseridos. Entendemos que os grupos com maior acesso a estudo, salários e benefícios têm se saído muito melhor do que estão na base da pirâmide, então é fundamental encontrarmos soluções que sejam inclusivas e pertinentes para todos eles”, complementa Délber Lage.

 

Saídas do endividamento

Uma das possíveis saídas do endividamento, indicada pelos próprios funcionários, é quase uma unanimidade entre os entrevistados. 91% consideram fundamental que as empresas ajudem ou ofereçam benefícios aos funcionários em situação de endividamento e sem a possibilidade de aumento salarial. Para 44% dos entrevistados, as lideranças podem oferecer crédito e produtos financeiros, 29% avaliam que acessar crédito com juros mais baixos é uma boa possibilidade, assim como a criação de um programa de educação financeira (28%) e acompanhamento psicológico (21%).

 

Interesse pelo consignado

87% das pessoas têm uma percepção positiva quanto à oferta do consignado e benefícios que auxiliam na obtenção do equilíbrio da saúde financeira, e indicaram sua disponibilidade no rol de benefícios ofertados pelas empresas como muito importante.

“Os dados trazem vários insights interessantes, especialmente em relação ao tipo de apoio que realmente faz a diferença no dia a dia dos trabalhadores. Para quitar uma dívida ou conseguir um bem material de valor, o crédito consignado é um benefício adequado, com juros menores, e pouco explorado. É um benefício que permite reduzir o valor dos juros pagos em relação ao mercado, e pode ser bastante interessante para o equilíbrio financeiro dos trabalhadores, se aliado à consciência e um programa adequado de educação financeira”, explica Renato Araujo, fundador da fintech Zetra.

 


Faça o download da pesquisa completa:

Tenha a pesquisa completa neste link

 

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